segunda-feira, 18 de outubro de 2004

cSerá que realmente temos opção pra escolher?

Essa época de eleições me fez pensar sobre a questão da escolha. Vendo os candidatos da minha cidade, eu penso: "Eu realmente tenho opção?". Minha resposta é não. Tenho que escolher pra mim o(a) candidato(a) que considero menos pior. Isso é ridículo, mas é a mais pura verdade.
Vejamos o seguinte aspecto: pra mim a política deve ser exercida de forma honesta, racional e sem demagogia. Pra mim, o político bom seria aquele que faz seu trabalho que é buscar melhorias de vida pra maioria da população (sim porque não dá pra atender ao interesse de todos) e não o seu próprio. De candidatos apenas quero que apresentem propostas viáveis e caso ganhem a eleição que se dediquem a concretizá-las. Eu não quero que o candidato/político seja meu amigo, que me dê abraços ou que fale que gosta de mim. Eu sei que ele não gosta e não precisa gostar, afinal ele nem me conhece! Sendo assim, eu fico extremamente chateado com as campanhas eleitorais, pois ao invés de serem campos para o debate racional de idéias e propostas viáveis, acabam tornando-se uma disputa para ver quem demostra mais "amor pelo povo". Demagogia pura e ridícula. Candidatos dizendo "vamos fazer política com o coração e com paixão!" ou então " meu coração faz Dudu" ou "meu coração é vermelho". E o pior que o povo acredita que tais pessoas realmente o amam. Povo chora "Ai, eu amo o Dudu" e brigam por seus candidatos. Ignorância! A massa, tão desprovida de senso crítico(pela falta de educação ou por termos nesse país uma educação que não valoriza o pensamento crítico), acaba sendo manipulada pelos beijinhos, abraços e política do amor.
Notamos também nessas eleições a cegueira total de boa parte da população provocada por falso oftamologista que é candidato aí. Não adianta qualquer cisco que caía nos seus olhos, eles não percebem. É quase um representante de Deus em Belém. É perfeito. Denúncias comprovadas são consideradas mentiras. Nada os faz mudar de idéia. Não que a outra candidata corresponda as minhas expectativas do que seria uma ótima prefeita(também não gosto de sua demagogia), mas pelo menos não apresenta tantas sujeiras quanto esse senhor que vilipendiou a nobre profissão médica passando-se por médico sem ter nunca ter cursado um dia sequer de um curso médico.
Enfim, vemos que estamos muito bem de candidatos né? A exemplo da política do pão e circo que vivia-se na Roma Antiga, vive-se hoje a política do "abraço, beijo e eu te amo, meu povo". O candidato pode ser o mais capaz e preparado, mas se não for "carismático"(melhor dizendo, populista), tem chances mínimas de vencer uma eleição. Pra mim, isso é uma tristeza, pois esse tal carisma muito bem arquitetado e planejado pra atender ao gosto das massas, esconde tremendas incapacidades de gerir a coisa pública com competência e transparência.
É as eleições estão aí, mas mais uma vez o voto que irei depositar não é o que realmente pretenderia de um político, vai ter que ser um voto pra evitar que forças piores se instalem no poder. Enquanto não mudar essa política do "carisma", infelizmente continuamos sem opções que possam criar um cenário político sério e comprometido em nossa cidade, no nosso estado e no Brasil.
"Beijos e abraços pra vocês, meus amados e estimados leitores desse flog!"

domingo, 17 de outubro de 2004

As pessoas se conformam com sua superficialidade , não buscam ter idéias próprias ou às vezes até as tem, mas não as manifestam com medo de contrariar o senso comum e acabam se tolindo para serem aceitas. Se conformam com relações vazias (seja amizades ou relações amorosas), que em nada acrescentam em suas vidas. Conversam sobre coisas que não vão trazer nenhum significado pra si(e eu não falo aqui de coisas engraçadas e momentos de descontração, pois esses se bem aproveitados além de divertirem também podem te acresentar informações e noções importantes). Mas as pessoas continuam vivendo para o grupo e não para si. Bem, se isso as satisfaz, bom pra elas. Se se sentem bem vivendo sua vida levados pela maré, sem uma gerência embasada e consciente de suas atitudes, tudo bem, que vivam assim. Só sei que eu quero mais pra minha vida, quero sempre crescer como pessoa. Quero sempre aprender mais e há o que se aprender até a morte. Pois quando se têm ansia de crescer psicologica, emocional e socialmente e se sofre uma estagnação como as pessoas vivem numa vida sem conteúdo, é como se se encontrasse a morte em vida. É o que acontece com muitas pessoas que estão aí, vivendo por viver...
Cada um tem o direito de usufruir ou estragar a sua vida da maneira como bem entende. E enquanto isso a vida passa e passa. Você tem que aprender a viver, pois o tempo não pára pra te ensinar.