segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Noites frias...corpos "sem vida"

Noites frias...vidas sobre papel...Desespero...fome...morte em vida...Vidas sobre rodas...Alegria e tristeza...Surpresa indiferente dos abastados...
Bem que tentamos, mas nunca saberemos ao certo a dor dos corpos sobre papel e asfalto.
Vidas interrompidas. Não, os organismos não estão falecidos.Talvez estejam debilitados, mas ainda apresentam energia vital. São suas almas que não vivem mais. Almas sem vida, levadas pelo vento da resistência.
Parece muito pior isso que estamos fazendo...criando zumbis...pessoas que “vivem” em morte do realmente acabar com a vida de alguém.
Hoje, infelizmente, por muitas vezes fico meio indiferente aos corpos sem alma que vagam pelas ruas e descansam no inferno da noite. Nos acostumamos com os zumbis. Mas ainda me sinto mal por muitas vezes e fico pensando como podemos permitir que isso aconteça?
Acho que muitos de nós temos vida em abundância e poderíamos dar um pouco dela aos que não tem nenhuma. O conformismo é maior,eu sei. Mas só quem não é humano, não se sente sufocado com essa situação. Até quando deixaremos vagar em nossas cidades essas pessoas sem vida? Quando ocorrerá sua ressurreição para uma vida digna? A única vida que pode realmente ser vivida.

terça-feira, 3 de agosto de 2004

Seres que reclamam
Mas só procuram problemas
Sofrem por amor
Mas não valorizam a flor

Seres que choram
Lágrimas justas
Que poderão limpar
Seus olhos
Da ilusão que pode cegar

Palavras falsas
Que convencem
Declarações de amor
Nenhum vintém

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

Aí uma coisa que eu escrevi a um tempo atrás, tempo depressivo e melancolico. A melancolia continua. Tudo bem, eu gosto dela. Considero-a salutar. Melancolia ajuda a refletir. Mas a depressão passou na boa. Partes desses versos já não fazem tanto sentido agora, mas o sentimento de estar deslocado no mundo ainda está bem presente.

Será que estou tão errado
Por não querer seguir a vida deles?
Por que me sinto tão deslocado?

O amor que eu quero
Parece não existir mais
Tudo fica muito fútil
Superficialidade exposta num beijo

O mundo que imagino
Nunca vai existir
Pura ingenuidade
De quem não quer desistir

As pessoas falam coisas bobas
Que eu não quero ouvir
Pareço chato
Mas não quero fingir

O sol nasce e se põe
Mas a luz nunca vem

domingo, 1 de agosto de 2004

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Um dia
O milagre se tornou possível
Os olhos frenéticos em busca de um olhar diferente
Pararam
Poucas almas se encontram nesse mundo
Mas essas se conheceram
O “injustiçado” parou de ter pena de si mesmo
O mundo não era mais a sua antítese
Somente ocorre que as coisas mais maravilhosas da vida ocorrem de maneira casual
É como quando você acha uma moeda perdida num canto da casa
Quando ganha um beijo inesperado
Quando ouve de alguém palavras que nunca esperaria
Quando a vida não é mais aquilo que você apenas pode viver,
Mas se torna aquilo que você quer viver.