domingo, 5 de dezembro de 2004

Fábrica de problemas

Cara, não é foda quando umas pessoas criam problemas pra sua vida? Eu digo quando alguém costuma querer criar problemas onde não existem ou tornar grandes pequenas chateações. Pessoas que querem tornar as suas vidas mais complicadas e por tabela querem complicar as dos outros também. Querem tirar tua tranquilidade sem ter motivos sérios pra isso. Cria-se uma briga ou um desentendimento e logo após sua solução, procura-se a fórmula da nova guerra. Argumentações e discussões quando se baseiam no respeito são muito boas e necessárias em qualquer relacionamento humano. Mas as pessoas insistem em querer ofender umas às outras, em desrespeitar. Bem, é isso que eu tinha pra catarsear aqui.

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

cSerá que realmente temos opção pra escolher?

Essa época de eleições me fez pensar sobre a questão da escolha. Vendo os candidatos da minha cidade, eu penso: "Eu realmente tenho opção?". Minha resposta é não. Tenho que escolher pra mim o(a) candidato(a) que considero menos pior. Isso é ridículo, mas é a mais pura verdade.
Vejamos o seguinte aspecto: pra mim a política deve ser exercida de forma honesta, racional e sem demagogia. Pra mim, o político bom seria aquele que faz seu trabalho que é buscar melhorias de vida pra maioria da população (sim porque não dá pra atender ao interesse de todos) e não o seu próprio. De candidatos apenas quero que apresentem propostas viáveis e caso ganhem a eleição que se dediquem a concretizá-las. Eu não quero que o candidato/político seja meu amigo, que me dê abraços ou que fale que gosta de mim. Eu sei que ele não gosta e não precisa gostar, afinal ele nem me conhece! Sendo assim, eu fico extremamente chateado com as campanhas eleitorais, pois ao invés de serem campos para o debate racional de idéias e propostas viáveis, acabam tornando-se uma disputa para ver quem demostra mais "amor pelo povo". Demagogia pura e ridícula. Candidatos dizendo "vamos fazer política com o coração e com paixão!" ou então " meu coração faz Dudu" ou "meu coração é vermelho". E o pior que o povo acredita que tais pessoas realmente o amam. Povo chora "Ai, eu amo o Dudu" e brigam por seus candidatos. Ignorância! A massa, tão desprovida de senso crítico(pela falta de educação ou por termos nesse país uma educação que não valoriza o pensamento crítico), acaba sendo manipulada pelos beijinhos, abraços e política do amor.
Notamos também nessas eleições a cegueira total de boa parte da população provocada por falso oftamologista que é candidato aí. Não adianta qualquer cisco que caía nos seus olhos, eles não percebem. É quase um representante de Deus em Belém. É perfeito. Denúncias comprovadas são consideradas mentiras. Nada os faz mudar de idéia. Não que a outra candidata corresponda as minhas expectativas do que seria uma ótima prefeita(também não gosto de sua demagogia), mas pelo menos não apresenta tantas sujeiras quanto esse senhor que vilipendiou a nobre profissão médica passando-se por médico sem ter nunca ter cursado um dia sequer de um curso médico.
Enfim, vemos que estamos muito bem de candidatos né? A exemplo da política do pão e circo que vivia-se na Roma Antiga, vive-se hoje a política do "abraço, beijo e eu te amo, meu povo". O candidato pode ser o mais capaz e preparado, mas se não for "carismático"(melhor dizendo, populista), tem chances mínimas de vencer uma eleição. Pra mim, isso é uma tristeza, pois esse tal carisma muito bem arquitetado e planejado pra atender ao gosto das massas, esconde tremendas incapacidades de gerir a coisa pública com competência e transparência.
É as eleições estão aí, mas mais uma vez o voto que irei depositar não é o que realmente pretenderia de um político, vai ter que ser um voto pra evitar que forças piores se instalem no poder. Enquanto não mudar essa política do "carisma", infelizmente continuamos sem opções que possam criar um cenário político sério e comprometido em nossa cidade, no nosso estado e no Brasil.
"Beijos e abraços pra vocês, meus amados e estimados leitores desse flog!"

domingo, 17 de outubro de 2004

As pessoas se conformam com sua superficialidade , não buscam ter idéias próprias ou às vezes até as tem, mas não as manifestam com medo de contrariar o senso comum e acabam se tolindo para serem aceitas. Se conformam com relações vazias (seja amizades ou relações amorosas), que em nada acrescentam em suas vidas. Conversam sobre coisas que não vão trazer nenhum significado pra si(e eu não falo aqui de coisas engraçadas e momentos de descontração, pois esses se bem aproveitados além de divertirem também podem te acresentar informações e noções importantes). Mas as pessoas continuam vivendo para o grupo e não para si. Bem, se isso as satisfaz, bom pra elas. Se se sentem bem vivendo sua vida levados pela maré, sem uma gerência embasada e consciente de suas atitudes, tudo bem, que vivam assim. Só sei que eu quero mais pra minha vida, quero sempre crescer como pessoa. Quero sempre aprender mais e há o que se aprender até a morte. Pois quando se têm ansia de crescer psicologica, emocional e socialmente e se sofre uma estagnação como as pessoas vivem numa vida sem conteúdo, é como se se encontrasse a morte em vida. É o que acontece com muitas pessoas que estão aí, vivendo por viver...
Cada um tem o direito de usufruir ou estragar a sua vida da maneira como bem entende. E enquanto isso a vida passa e passa. Você tem que aprender a viver, pois o tempo não pára pra te ensinar.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Noites frias...corpos "sem vida"

Noites frias...vidas sobre papel...Desespero...fome...morte em vida...Vidas sobre rodas...Alegria e tristeza...Surpresa indiferente dos abastados...
Bem que tentamos, mas nunca saberemos ao certo a dor dos corpos sobre papel e asfalto.
Vidas interrompidas. Não, os organismos não estão falecidos.Talvez estejam debilitados, mas ainda apresentam energia vital. São suas almas que não vivem mais. Almas sem vida, levadas pelo vento da resistência.
Parece muito pior isso que estamos fazendo...criando zumbis...pessoas que “vivem” em morte do realmente acabar com a vida de alguém.
Hoje, infelizmente, por muitas vezes fico meio indiferente aos corpos sem alma que vagam pelas ruas e descansam no inferno da noite. Nos acostumamos com os zumbis. Mas ainda me sinto mal por muitas vezes e fico pensando como podemos permitir que isso aconteça?
Acho que muitos de nós temos vida em abundância e poderíamos dar um pouco dela aos que não tem nenhuma. O conformismo é maior,eu sei. Mas só quem não é humano, não se sente sufocado com essa situação. Até quando deixaremos vagar em nossas cidades essas pessoas sem vida? Quando ocorrerá sua ressurreição para uma vida digna? A única vida que pode realmente ser vivida.

terça-feira, 3 de agosto de 2004

Seres que reclamam
Mas só procuram problemas
Sofrem por amor
Mas não valorizam a flor

Seres que choram
Lágrimas justas
Que poderão limpar
Seus olhos
Da ilusão que pode cegar

Palavras falsas
Que convencem
Declarações de amor
Nenhum vintém

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

Aí uma coisa que eu escrevi a um tempo atrás, tempo depressivo e melancolico. A melancolia continua. Tudo bem, eu gosto dela. Considero-a salutar. Melancolia ajuda a refletir. Mas a depressão passou na boa. Partes desses versos já não fazem tanto sentido agora, mas o sentimento de estar deslocado no mundo ainda está bem presente.

Será que estou tão errado
Por não querer seguir a vida deles?
Por que me sinto tão deslocado?

O amor que eu quero
Parece não existir mais
Tudo fica muito fútil
Superficialidade exposta num beijo

O mundo que imagino
Nunca vai existir
Pura ingenuidade
De quem não quer desistir

As pessoas falam coisas bobas
Que eu não quero ouvir
Pareço chato
Mas não quero fingir

O sol nasce e se põe
Mas a luz nunca vem

domingo, 1 de agosto de 2004

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Um dia
O milagre se tornou possível
Os olhos frenéticos em busca de um olhar diferente
Pararam
Poucas almas se encontram nesse mundo
Mas essas se conheceram
O “injustiçado” parou de ter pena de si mesmo
O mundo não era mais a sua antítese
Somente ocorre que as coisas mais maravilhosas da vida ocorrem de maneira casual
É como quando você acha uma moeda perdida num canto da casa
Quando ganha um beijo inesperado
Quando ouve de alguém palavras que nunca esperaria
Quando a vida não é mais aquilo que você apenas pode viver,
Mas se torna aquilo que você quer viver.